Sobre o LAPA

O LAPA (Laboratório de Estudos e Práticas da Autogestão), muito modestamente, se propõe como um pequeno círculo de amigo(a)s e camaradas que possuem vínculos, afinidades, afetos e interesses em comum em torno do tema da auto-organização popular, talvez, como uma via possível para a emancipação de todos os subalternos e trabalhadores. Assim, é uma aposta simultânea na amizade e na revolução.

Por hora, o LAPA não se constitui como um coletivo, uma entidade ou uma organização, ainda que em potecial possa vir a ser isso ou outras coisas que nem sequer imaginamos. Como círculo, temos vínculos que nos unem para além do espaço que nos separa. Os estudos e ações que compartilharemos como círculo pode inclusive dar fôlego e alento para a formação e/ou consolidação de iniciativas coletivas e/ou individuais, nos mais distintos lugares onde nos situamos como vizinhos, estudantes, trabalhadores, etc.

A idéia de Laboratório, até agora sugerida, nasce como uma metáfora que se orienta pela dimensão experimentalista que carrega todo laboratório – e isso nos interessa particularmente, experimentar idéias e práticas, aprender e se apropriar do melhor dos processos políticos e sociais dos mais diversos movimentos de liberação que se levantaram contra todas as ordens e esquemas de dominação (inclusive os de esquerda). E mais: nosso laboratório é de bolso, se materializa e desmaterializa segundo determinadas condições ambientais e temperamentais, e talvez seremos muito mais tomados e possuídos pelas experiências do que a dissecaremos e a controlaremos, ao contrário do que ocorre com os homens-de-guarda-pó.

E se nos lançaremos a estudar e praticar a autogestão é porque ela todavia nos parece ser a melhor forma encontrada pelos dominados até hoje para que a terra, os meios de produção, o trabalho e a política (com ou sem o Estado) não se converta em monopólio e privilégio de uns poucos, e logo, instrumento de dominação, opressão e submissão de classe, casta, grupos ou camarilhas. E para isso é importante que nos alimentemos das teorias e narrativas que fundaram a autogestão como um princípio político, e que transcende, aliás, muitos projetos políticos ou ideologias (como o anarquismo e o comunismo); e ao mesmo tempo buscar compreender os caminhos e as vicissitudes das experiências de autogestão que tiveram curso, especialmente, na história moderna.



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Anarquismo contra o Anarquismo

 

 

Por Rafael V. da Silva
Menos complacência, mais autocrítica.
Sobre a necessidade de haver menos complacência e mais autocrítica no movimento anarquista. 
Um texto sobre liberdade, ética e responsabilidade coletiva.


Introdução


As palavras confiáveis não são belas,
as palavras belas não são confiáveis
(Tao Te Ching)

Um velho militante anarquista, que tivera de se exilar em Paris por conta de sua atividade política, relatara em uma entrevista, que sentira certa inadaptação com o “relaxamento” ético da geração mais nova dos anarquistas que travara contato.
Esta “inadaptação” sentida pelo velho combatente, longe de ser uma reminiscência de valores “obsoletos”, traduzia uma diferença de compreensão sobre um valor que é central na prática política anarquista. Este militante da “velha guarda”, afirmava também em seu relato, que sua adesão ao anarquismo se dera muito mais pela observação do comportamento e da coerência política de seus aderentes, do que propriamente na leitura dos chamados “clássicos”. A ética de seus companheiros, a solidariedade, o estilo militante com que estes renovavam pelo cotidiano sua adesão aos princípios libertários, convenciam mais do ponto de vista ideológico nosso antigo combatente, do que a leitura de dezenas de livros, jornais ou brochuras revolucionárias.
Tal espírito de camaradagem e de apoio mútuo, de coerência cotidiana entre os fins desejados e os meios respectivos, se inseria num contexto de profundo enraizamento do anarquismo na classe trabalhadora. Enraizamento que se traduzia no desenvolvimento de uma ética anarquista que possuía ligações estreitas com os dilemas, anseios e problemas da classe trabalhadora.
Obviamente, a ética anarquista recebera suficiente atenção dos clássicos para se referenciar como a “espinha dorsal” da prática política de seus partidários, algo imprescindível aos que propugnavam a defesa dos métodos libertários. Mas como o artigo em questão não se pretende um panegírico de uma suposta “superioridade” ética dos anarquistas sobre as demais correntes da esquerda, o que nos levaria a estudarmos o comportamento dos anjos e dos seres sobrenaturais; não seria demasiado afirmar que a discussão da ética e da liberdade para alguns setores anarquistas, ainda se constitui como um problema muito mal discutido.
O primeiro sinal deste problema, do ponto de vista imediato, é observarmos atitudes indiferentes, ou francamente contrárias ao espírito libertário sublinhado por nosso velho militante. A falta quase que permanente de autocrítica [1] nos meios libertários indica que a questão é alvo de terríveis confusões. A liberdade é reiteradamente confundida com “fazer o que quiser”. A autonomia individual deturpada num relativismo ético preocupante e que pouco tem a ver com o comportamento e a responsabilidade coletiva que o anarquismo propugnou. A crítica a determinadas e reiteradas atitudes, são vistas como “autoritarismo”, ou “coerção” da liberdade “individual”. Ser anarquista, longe de engajar-se num projeto coletivo, passou a designar apenas, àqueles que fazem “tábula rasa” de quaisquer convenções, leis ou regras instituídas. A teorização e a defesa de um anarquismo voltado à luta popular, simplesmente a retomada de posições que sempre fizeram parte da história do anarquismo, é vista como uma “tentativa de excluir as outras tendências do anarquismo”, estabelecer “verdades”, ou simplesmente, quando há alguma iniciativa de organizar os anarquistas especificamente, um sinal indefectível do terrível sintoma anarco-bolchevique.
Obviamente, mesmo que estes setores sejam minoritários, causam uma má impressão enorme sobre a compreensão do anarquismo. Nenhuma propaganda positiva sobre o anarquismo pode superar em grau, a inconseqüência de determinados comportamentos, a amplitude de posições extremamente contraditórias com aquilo que os anarquistas defenderam durante a história, quando sabemos, que mais importante que o que se escreve e o que se diz, é a coerência entre o que se fala e o que se faz. De qualquer modo, ao realizarmos um trabalho de crítica, nos guiamos pelo espírito de debate e discussão franca, não pelo comportamento acusatório e anônimo das redes informais. A intenção é problematizar determinadas questões, não imprimir acusações ou definir rótulos reducionistas. Não pretendi escrever um artigo acadêmico, mas um documento de reflexão e autocrítica. Reitero também, que parte deste documento é também fruto do acúmulo socializado pelos anarquistas da “velha guarda” aos mais jovens. Não se trata de reproduzir tudo o que os mais “velhos” fizeram ou pensam, mas de não perder a experiência de anos de militância por uma iconoclastia estéril. Cabe também a nova geração, tentar não reproduzir os erros da antiga.

A ética e a liberdade anarquista criaram raízes no terreno da classe trabalhadora e do socialismo

O anarquismo pode ser compreendido enquanto uma ideologia, ou seja, um “conjunto de idéias, motivações, aspirações, valores, estrutura ou sistema de conceitos que possuem uma conexão direta com a ação” (FARJ, 2008: 17 [grifos nossos]). Esta ideologia deve ser contextualizada. Surge diretamente, como sabemos; dos dilemas, problemas e anseios da classe trabalhadora, e da prática política dos libertários nas entidades de classe. A história é relativamente conhecida: a anulação do grupo opositor. A ala antiautoritária da Associação Internacional dos Trabalhadores no congresso de Haia é “excluída”. O grupo próximo a Bakunin articula-se no bojo do congresso dos operários relojoeiros do Jura, em Saint-Imier. Nasce simbolicamente o anarquismo, que rapidamente se “alastra” como uma ferramenta revolucionária de transformação social, implicando não somente uma metodologia para o nascente sindicalismo, mas também, uma ética anarquista, profundamente conectada com a realidade dos trabalhadores. A simples negação do estado não é suficiente para definir alguém como anarquista [2] . O surgimento do anarquismo atesta esta tese. O anarquismo se desenvolveu não só a partir da negação do estado, mas de princípios correlatos: igualdade econômica, ação direta, classismo, etc.
Já a liberdade, foi conceituada no movimento anarquista pela primeira vez por Mikhail Bakunin, que não fez nada mais do que sistematizar questões relevantes no interior do setor do movimento operário influenciado pelo espírito “libertário”. Ao conceito abstrato e filosófico de “liberdade absoluta”, Bakunin desenvolveu uma idéia de liberdade essencialmente coletiva [3] . O homem; alertava, só pode ser livre quando “todos os homens forem livres”, o que é impossível na sociedade capitalista. A liberdade segundo os anarquistas implica o reconhecimento das instituições políticas, econômicas e sociais que limitam a liberdade humana e dominam a classe trabalhadora. Reconhecê-las também significa traçar estratégias coletivas para superarem-nas: estratégias que tenham como objetivo finalista o “socialismo libertário”. O termo socialista libertário não é, portanto, um mero adorno identitário, mas diz respeito ao objetivo finalista dos anarquistas, que percorreu toda a história do movimento.
Estas estratégias envolvem necessariamente o conjunto dos oprimidos; o povo. O anarquismo; alertava Kropotkin, só pode florescer no meio do povo. Mas nem sempre, o anarquismo fora (ou é) compreendido desta forma.

As influências burguesas sobre o anarquismo

Luigi Fabbri, em um opúsculo relativamente conhecido na literatura anarquista [Influências Burguesas sobre o Anarquismo], publicado depois do final da Primeira Guerra Mundial, retratou com grande precisão, os danos que determinados estereótipos construídos pelos jornais burgueses e pela literatura ficcional, fizeram ao anarquismo enquanto um movimento de classe. Fabbri espantava-se com a introjeção feita por determinados setores do anarquismo, da caricatura burguesa sobre os anarquistas, rascunhada pelos jornais das elites em seus periódicos. Surpreendentemente, muitos anarquistas assumiam comportamentos, estratégias e práticas que eram parte da representação cultural burguesa sobre o anarquismo. O anarquista enquanto um inimigo declarado de “qualquer” moral, terrorista, ou um indivíduo que desprezava qualquer deliberação coletiva se aproxima mais do imaginário niilista cunhado pela literatura burguesa, do que propriamente das estratégias delineadas pelos anarquistas no ambiente da classe trabalhadora. Esta crítica fora recorrente ao longo da história do anarquismo. Malatesta compreendera a influência nefasta dessa deturpação do princípio socialista do anarquismo.
Há indivíduos fortes, inteligentes, apaixonados, [...] que, encontrando-se por acaso entre os oprimidos, querem, a qualquer custo, emancipar-se e não se ofendem em transformar-se em opressores: indivíduos que, sentido-se prisioneiros na sociedade atual, chegam a desprezar e a odiar toda a sociedade, e ao sentir que seria absurdo querer viver fora da coletividade humana, buscam submeter todos os homens e toda a sociedade à sua vontade e à satisfação de seus desejos. Às vezes, quando são pessoas instruídas, consideram-se super-homens. Não se sentem impedidos por escrúpulos, querem “viver suas vidas”. Ridicularizam a revolução e toda aspiração futura, desejam gozar o dia de hoje a qualquer preço, e à custa de quem quer que seja; sacrificariam toda a humanidade por uma hora de “vida intensa” (conforme seus próprios termos).
Estes são rebeldes, mas não anarquistas.
[...]
Pode ocorrer algumas vezes que, nas circunstâncias dinâmicas da luta, os encontremos ao nosso lado, mas não podemos, não devemos e nem desejamos ser confundidos com eles. E eles sabem muito bem disso. Contudo, muitos deles gostam de chamar-se anarquistas. É certo – e também deplorável.

(MALATESTA, Errico. Anarquismo e Anarquia.)
O que Malatesta chama de “rebeldes”, Berneri chamou de “cretinismo anarquista”, que vigorou minoritariamente não apenas no final do século XIX, mas dominou determinados setores também nas primeiras décadas do século XX. O individualismo anarquista baseava-se em teóricos completamente exógenos ao anarquismo. Stirner, Tucker, Nietzsche, jamais se assumiram anarquistas, este último inclusive, promoveu um ataque vigoroso ao anarquismo em diversos de seus escritos. O socialismo era visto com desdém por estes pensadores; não nos surpreende, portanto, que estes estivessem distantes das privações materiais suportadas pelos trabalhadores ou distantes do comprometimento com quaisquer doutrinas socialistas. E como vimos, se a simples negação do estado é problemática para definir os anarquistas, precisamos incluir outros princípios, estratégias e metodologias que estão imbricadas na própria formação histórica do anarquismo. Os anarquistas que atuavam nos sindicatos revolucionários das três primeiras décadas do século XX pareciam estar cientes desse dilema, pois estes enxergavam o anarco-individualismo normalmente como um “exotismo pequeno-burguês” [4] , completamente inofensivo ao capitalismo e ao estado, algo restrito a artistas, boêmios, literatos, e outras figuras que resolveram afastar-se dos propósitos da classe trabalhadora.
Durante a Revolução Russa e Ucraniana, setores influenciados por esta compreensão equivocada do anarquismo acusavam o movimento revolucionário camponês da Ucrânia, profundamente influenciado pelo anarquismo, de ser mais próximo dos socialistas-revolucionários do que do anarquismo. Enquanto o grupo anarquista de Makhno enfrentava os guardas-brancos e os bolcheviques no flanco ucraniano arriscando suas próprias vidas pela revolução, anarquistas de Moscou procuraram o exército insurgente ucraniano não para apoiá-lo, mas para pedir dinheiro para a construção de uma “universidade anarquista” [5] em Moscou. O desgosto de Makhno com parte dos anarquistas da Rússia era anterior neste caso. Em visita a Ekaterinoslav, uma cidade russa, Makhno encontrou um grupo de anarquistas ocupando pacientemente o “Clube Inglês” enquanto a revolução se desenrolava nos campos da Ucrânia e nos centros industriais da Rússia. O ambiente do niilismo russo contribuía para que parte dos anarquistas optasse por ações completamente descoladas da classe trabalhadora, ainda que houvesse uma corrente mais comprometida, atuando no interior dos sindicatos e dos sovietes.
Mas isto não explica a tendência centrípeta [6] de um anarquismo voltado para si próprio, posto, que isto não é exclusividade do individualismo anarquista nem do contexto histórico russo. E pode rapidamente “contaminar” um grupo anarquista de qualquer orientação, a ponto da ética anarquista, que é baseada no terreno da classe trabalhadora, rapidamente tornar-se-á uma moral e uma prática voltadas apenas para si mesmas. Este descolamento de determinados setores do anarquismo da classe, operou uma transformação interna de seus valores que se traduz numa deformação que em alguns casos chega a ser grotesca.
Os limites desta nova moral me pareceram mais nítidos quando soube de um caso de alguns anos atrás, de um auto-intitulado anarquista que se vangloriara de ter roubado (para si próprio) um livro anarquista de uma biblioteca pública. Outro, contemporâneo do primeiro, foi além: assumiu ter “yomangado” (roubado) livros anarquistas de uma banquinha de livros de um conhecido editor de material libertário. O perigoso “burguês” roubado pelo nosso amigo “revolucionário”, fora simplesmente o responsável pela publicação da maior parte dos materiais libertários lidos pelos anarquistas brasileiros nos últimos 10 anos, e cujo trabalho abnegado de venda de livros, garantiu que toda uma geração (como eu) pudesse ter acesso à literatura anarquista. O “yomango” (na gíria espanhola, “yo mango”) se define não como “um movimento social, ou um grande projeto de mudança”, mas como um “estilo de vida” [7] que não se oferece como uma “proposta ideal de futuro, mas como mais uma ponte e uma resistência ao capital” [8] . Na prática, “yo mango” significa apenas a “expropriação” de mercadorias capitalistas por pretensos anarquistas, geralmente em benefício próprio. Que anarquista sensato e comprometido com um trabalho de base, se arriscaria a ser preso não por desenvolver um projeto revolucionário de amplitude, mas por “roubar” bebidas, livros e badulaques das empresas capitalistas? Esta é a contribuição revolucionária de alternativa econômica que oferecemos ao nosso povo?
Abandonadas as estratégias de transformação global da sociedade [9] que SEMPRE fizeram parte da luta dos anarquistas na história, o que sobra de anarquismo em “yomango” [10] ou em outras táticas semelhantes? A pergunta é: houve em algum momento, uma relação mais profunda entre as duas coisas? Ou apenas uma tolerância irrestrita e irresponsável de largos setores do anarquismo, a quaisquer práticas que se pretendem libertárias?
Esta atitude moral, restrita ao seu próprio e limitado universo, normalmente vem acompanhada do sectarismo. O sectarismo é a “incapacidade de tolerar posições teóricas ou práticas diferentes das suas” [11] . Caracteriza-se “pela ignorância, tanto das idéias alheias, como de suas próprias” [12] . O sectário é “incapaz de reconhecer os méritos alheios e carece de [...] critério para discernir, [...] com o que está de acordo ou do que diverge: sua atitude é de aceitação ou rechaço absolutos[13] . O que deriva daí, já é conhecido de maneira mais ou menos pública no movimento anarquista (mas infelizmente pouco criticado), a “visão de mundo do sectário é tão rígida, tão inflexível, tão fanática, tão amarga [...] e pouco atrativa que acaba mais por espantar o povo do que atraí-lo [...] [14] ”. Quantos exemplos podem ser citados; por que os casos infelizmente são numerosos. Recordo-me apenas de um habitual e mais recorrente, que é a inflexibilidade de uma postura “anarquista” francamente agressiva (dentro de uma assembléia) à religiosidade popular, que nitidamente ofendera parte dos presentes (por coincidência os setores não-anarquistas).
Quando as pessoas “comuns” não correspondem às atitudes morais do fanático, o moralismo é curiosamente invertido. O moralista passa a ser não o sectário que tentou impor seus valores ao coletivo, mas o culpado passa a ser nosso povo, que não se despiu de sua “estreiteza”, em detrimento da catequese e dos “preciosos” valores libertários do sectário. Uma atitude claramente de vanguarda como esta, mesmo que esteja supostamente baseada em “grandes” ideais de liberdade, ou se proponha antiautoritária, é seguida dum comportamento acusatório mais amplo. A censura, a repressão ao “indivíduo”, a opressão da individualidade pela maioria são demagogicamente acionados num nítido projeto de vitimização.
Se o sectarismo não atrai o povo, convence largos setores da juventude, que pode o carregar nos ombros como um verdadeiro atestado de “pureza” de princípios, mesmo sob o custo de reduzir consideravelmente o espectro de sua atividade política. Tal como o mito de Orígenes [15] , que para manter-se puro decepou seus órgãos sexuais, o sectarismo torna impotente a ação política mais ampla, por que permanece reduzida a poucos círculos, cada vez mais restritos, mas que por sua força atrativa, continuamente tem seus quadros renovados.
Compreendendo a ética como uma espinha dorsal do anarquismo [16] , e, portanto, que define ao militante uma conduta, e a coerência entre esta e seus princípios (classismo, ação direta, igualdade política, econômica e social, autonomia, etc), entende-se que estes valores devem ser “socializados”, pela maneira libertária, ou seja, pelo trabalho de base, em contato com as tradições, a história e os costumes de nosso povo. Trabalho que indispensavelmente, precisa para sobreviver, abandonar o sectarismo e o estrabismo político, preservando o conceito de ética e de liberdade, nos parâmetros da organização coletiva. A única capaz de não só potencializar nossas qualidades soterradas pela heteronomia instituída [17] das estruturas capitalistas, mas também de demonstrar sob o âmbito psíquico, que possuímos complexos [18] e questões inconscientes, que não podem determinar a estratégia política de uma organização ou movimento, e muito menos fazer de seus membros, seus caprichosos reféns.

Liberdade e Ética nos parâmetros da organização coletiva

Partindo do pressuposto que elementos exógenos, que possuem pouco compromisso com os princípios socialistas e libertários do anarquismo, se inserem perifericamente neste, e, portanto, corrompem o sentido da liberdade e da ética cunhada pelos anarquistas durante a história das lutas da classe trabalhadora, deveríamos nos perguntar qual é a abertura dada hoje pelos próprios anarquistas a este tipo de fenômeno? Por que há tanto terreno fértil para “aqueles que pescam nas águas revoltosas do anarquismo[19] ? Recordo-me de um ato realizado numa grande cidade do sudeste do país, onde houve uma intensa organização coletiva anterior a manifestação. No desenrolar da manifestação, um sujeito atira uma pedra numa vidraça de uma loja. Escudando-se no coletivo, o indivíduo que reivindicava de forma “instintiva” o anarquismo, causou indiretamente a prisão de mais de trinta manifestantes naquele dia, tudo por um ato isolado e que não foi tirado pelo coletivo como parâmetro de ação.
Bem, partindo deste exemplo e do princípio que o anarquismo em todo o seu desenvolvimento, seja teórico, seja prático, de modo hegemônico conservou seu princípio socialista libertário, e que o individualismo é um fenômeno marginal ao anarquismo, há algumas questões importantes a se pontuar.
Um dos primeiros passos que podemos dar é realizar um diagnóstico histórico, que se pretende muito preliminar. De fato, o anarquismo sofreu um desgaste ideológico causado pela perda de seu vetor social (sindicatos). Ao ser deslocado como um agente de peso das lutas sociais, parte do anarquismo reforçou exclusivamente seu caráter identitário, cada vez mais excêntrico aos problemas cotidianos dos trabalhadores, em detrimento de um programa político e um trabalho social de longo prazo. Para alguns setores isto se traduziu na falta de esperança na transformação social, que fora rapidamente transformada num semi-niilismo perturbador. Estes, que com exceção da negação do estado, abandonaram a maior parte dos princípios anarquistas, mas continuaram reivindicando-se anarquistas, utilizando muito pouco do arsenal teórico que definiu a coluna vertebral do anarquismo (Malatesta, Bakunin, Kropotkin, etc) flertando muito mais com as tendências pós-modernas, muito bem descritas por Bookchin em seu título seminal, “Anarquismo: Crítica e Autocrítica[20] . Este desgaste provocou a deturpação do conceito de organização dos anarquistas. Organizar-se, daí para frente, tornar-se-ia sinônimo de hierarquia, “partidarização”, autoritarismo. Privilegiou-se, em parte do anarquismo contemporâneo, a fluidez das organizações “sem estrutura”.
Chegamos então ao primeiro ponto da questão. É justamente, a falta de estrutura organizativa clara que dá ampla margem ao que Archinov chamava dos que “pescam nas águas revoltosas do anarquismo”. Já está devidamente debatido, que as organizações sem estrutura, longe de se prevenirem contra o autoritarismo e as “lideranças”, possuem a função contrária, de reforçar os “líderes ocultos”. Líderes que vão se mover no terreno mais primário e suscetível de convencimento (geralmente inconsciente) do ser humano: o terreno afetivo [21] .
A ação coletiva é a partir daí esvaziada de seu conteúdo político em detrimento de relações afetivas e pessoais. Isto por que toda estrutura informal de deliberação, atua segundo Jo Freeman, militante feminista dos anos 70, como uma “irmandade”, “na qual se escuta as pessoas porque se gosta delas e não porque dizem algo significativo[22]. Jo Freeman ainda vai além, e conclui:

Para que todas as pessoas tenham a oportunidade de se envolver num dado grupo e participar de suas atividades, é preciso que a estrutura seja explícita e não implícita. As regras de deliberação devem ser abertas e disponíveis a todos e isso só pode acontecer se elas forem formalizadas. Isto não significa que a normalização de uma estrutura de grupo irá destruir a estrutura informal. Ela normalmente não destrói. Mas impede a estrutura informal de ter o controle predominante e torna disponível alguns meios de atacá-la. A “ausência de estrutura” é organizacionalmente impossível.

(FREEMAN, Jo. A Tirania das Organizações Sem Estrutura, 1970.)
Regras de deliberação abertas e disponíveis obviamente não esvaziam o papel das estruturas informais, inclusive do afetivo, mas tornam os acordos coletivos muito mais claros e minimizam seus efeitos. Sempre que uma atitude individualista compromete um trabalho coletivo, é comum dentro do anarquismo, culpar o próprio indivíduo por sua postura, o que parece do ponto de vista imediato uma atitude acertada do grupo em relação às posturas pessoais. Porém olhando de maneira mais atenta, percebemos que ao individualizar o problema, preservamo-nos do real culpado, que é a falta de formalização de regras claras e bem definidas e a falta de acordos coletivos. No caso específico dos grupos anarquistas, isto implica também definir o que determinado grupo entende enquanto anarquismo. Quais são suas estratégias? Quais são os acordos coletivos mínimos?
Isto nos leva a outra questão, que é a responsabilidade coletiva. Mal discutida no movimento anarquista, tal questão gerou uma polêmica quase que interminável; traduzida na discussão por cartas entre Malatesta e Makhno. Infelizmente, a parcialidade e o maniqueísmo com que as leituras destas polêmicas são feitas, impedem de enxergar o acordo [23] feito por ambos os militantes sobre esta questão.
Quando algum individualista utiliza o anarquismo para justificar suas ações deletérias dentro ou fora dos movimentos sociais, companheiros bem intencionados, porém, imersos em organizações sem-estrutura, se isentam de quaisquer intervenções para não “parecerem autoritários”. A crítica a determinadas estratégias, supostamente revolucionárias (yomango ou zonas autônomas temporárias, sendo exemplos mais caricatos) não é feita por que se parte do pressuposto de que os que as reivindicam não são anarquistas. Como dizia Malatesta, não temos direito de “impedir ninguém de se chamar do nome que quiser, nem podemos, por outro lado, abandonar o nome que sucintamente exprime nossas idéias[24]. As críticas são feitas justamente por que estas estratégias não funcionam sob uma perspectiva popular, aplacam mais a consciência de seus responsáveis do que propriamente contribuem para a emancipação e a difusão dos métodos e dos valores do anarquismo nos setores populares. Possuindo por outro lado, o efeito colateral de tornar o anarquismo muito pouco atrativo para nosso povo.
Uma organização ou grupo, que não trabalhe com o conceito de responsabilidade coletiva, ou se negue a discuti-la abertamente, permanecerá refém destas práticas, que se são ruins para os anarquistas, de todas as correntes, são ainda pior para o anarquismo. No fundo, superando os que desejam operar com maniqueísmos, era isso o que Makhno discutia com Malatesta em sua famosa troca de correspondência, e que o anarquista italiano, parece ter aceitado como um fator indispensável da ação política organizada. Por isso é preciso ter mais autocrítica, e menos complacência. Resta saber se muitos anarquistas estarão dispostos a fazê-lo.


[*] Militante da Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ), organização integrante do Fórum do Anarquismo Organizado – Brasil (FAO – Brasil).





Notas:
[1] Cf. DANTON, José Gutiérrez. Problemas e Possibilidades do Anarquismo. São Paulo, Editora Faísca, 2011.
[2] Cf. SCHMIDT, Michael; WALT, Lucien Van Der. Black Flame: The Revolutionary Class Politics of Anarchism and Syndicalism. Oakland, Ak Press, 2009.
[3] “Ser coletivamente livre é viver no meio de homens livres e ser livre pela liberdade deles. O homem, já dissemos, não poderia tornar-se um ser inteligente, dotado de uma vontade refletida, e, por conseqüência, não poderia conquistar sua liberdade individual fora e sem o concurso de toda a sociedade. A liberdade de cada um é, portanto, o produto da solidariedade comum. Mas essa solidariedade, uma vez reconhecida como base e condição de toda liberdade individual, evidencia que, se um homem está no meio dos escravos, ainda que fosse seu amo, seria necessariamente o escravo de sua escravidão, e só poderia tornar-se real e completamente livre por sua liberdade. Portanto, a liberdade de todo o mundo é necessária à liberdade; daí resulta que não é absolutamente verdadeiro dizer que a liberdade de todos seja o limite de minha liberdade, o que equivaleria a uma completa negação desta última. Ela é, ao contrário a sua confirmação necessária e sua extensão ao infinito.” BAKUNIN, Mikhail. Catecismo Revolucionário: Programa da Sociedade da Revolução Internacional. São Paulo: Editora Imaginário, 2009a: 76.
[4] Cf. BOOKCHIN, Murray. Anarquismo, Crítica e Autocrítica. Editora Hedra, 2011.
[5] Pedido que Makhno obviamente negou. Afinal, na Ucrânia não havia nem escolas para os camponeses. Esta história é relatada com maior detalhes no excelente livro de Anatol Gorelik. GORELIK, Anatol. El Anarquismo y La Revolución Rusa. Buenos Aires, Utopia Libertaria, 2007.
[6] Cf. DANTON, 2011.
[7] O Livro Vermelho: Yomango, pp. 21. Disponível em <http://brasil.indymedia.org/media/2007/10//398527.pdf&gt; Acessado em 03/08/11.
[8] Idem.
[9] Lembremos os clássicos que sussurram em nossos ouvidos: “Não podemos ser livres num mundo de escravos.”, já tinha dito Bakunin.
[10] Vemos que o problema não é novo, Malatesta escrevia em relação a um grupo de individualistas italianos: “ eles ridicularizavam o 1º de Maio, a greve geral, a organização dos trabalhadores e a anarquia. Pregavam o roubo em si mesmo, inclusive e sobretudo contra os camaradas e contra os pobres, e diziam-se comunistas. [...] Defendiam todo absurdo que a estupidez dos inconscientes ou a maldade dos inimigos teriam atribuído aos anarquistas, e diziam que isso era pura anarquia.” MALATESTA, Errico apud MINTZ, Frank in Anarquismo Social, Editora Faísca, 2006: 46.
[11] Cf. DANTON, 2011: 103.
[12] Idem.
[13] Idem.
[14] Idem.
[15] Devo esta excelente analogia ao anarquista Luigi Fabri.
[16] Cf. CORRÊA, 2008.
[17] Sirvo-me do conceito castoriadiano de heteronomia, que mesmo sem dizer, deve muito ao arsenal teórico anarquista, em específico à Mikhail Bakunin. Sobre a heteronomia, Cf. CASTORIADIS, Cornelius. A Instituição Imaginária da Sociedade. 2ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982.
[18] Segundo Jung, o termo mais adequado seria dizer que são os complexos que nos possuem e não o contrário. Sobre o conceito de complexo, Cf. JUNG, Carl. O Eu e o Inconsciente, Editora Vozes, Petrópolis, 1979.
[19] ARCHINOV, Piotr. Historia Del Movimiento Makhnovista. Buenos Aires, Utopia Libertaria, 2008.
[20] Este é o nome do título da Editora Hedra, o título original é “Anarquismo social ou anarquismo de estilo de vida”.
[21] Recordo-me de um caso onde não havia contexto algum em se promover um determinado ato de rua, pela quantidade irrisória de participantes. Um “líder oculto”, mas que me pareceu extremamente visível naquele momento, jogou com dois sentimentos. O primeiro foi o de martírio e o sentimento de culpa. Deveríamos realizar o ato independente da conjuntura, já que “era preciso fazer alguma coisa”, mesmo que isto significasse alguns riscos coletivos aos seus participantes. O segundo dizia respeito a covardia em não se fazer nada. Pareceu-me visível, que naquele momento o pequeno grupo era coagido a atuar sob a liderança oculta, do “corajoso” líder e não conseguia se desvincular daquela nefasta influência, muito mais psicológica e afetiva, do que propriamente fruto de uma discussão coletiva e política. Percebendo a manipulação (in)consciente, decidi não participar do “jogo”.
[22] FREEMAN, Jo. A Tirania das Organizações Sem Estrutura, 1970. Disponível em http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/autonomia/21ti…a.htm. Acessado em 03/08/11
[23] O “libertário” Malatesta em total concordância com o “autoritário” Makhno nos diz: “Certamente eu apóio a visão de que qualquer um que se associa e coopera com outros por uma causa comum deve: coordenar suas ações com a de seus companheiros e não fazer nada que prejudique a ação dos outros e, portanto, a causa comum; respeitar os acordos feitos – exceto quando pretendem deixar a associação por diferenças de opinião, mudança de circunstâncias ou conflito sobre os métodos escolhidos tornam a cooperação impossível ou imprópria. [...] E agora, ao ler aquilo que dizem os companheiros do XVIIIº eu vejo-me em acordo substancial com a sua maneira de conceber a organização anárquica (muito longe do espírito autoritário que a “Plataforma” parecia revelar) e estou vendo confirmada a minha esperança de que sob diferenças de linguagens se encerra verdadeiramente uma identidade de propósitos.” MALATESTA, Errico. Em http://www.alquimidia.org/farj/index.php?mod=pagina&id=4028. Acessado em 05/06/2011
[24] MALATESTA, Errico. Anarquismo e Anarquia. Em http://www.anarkismo.net/article/11714 Acessado em 06/06/2011.

Referências
ARCHINOV, Piotr. Historia Del Movimiento Makhnovista. Buenos Aires, Utopia Libertaria, 2008
BAKUNIN, Mikhail. Catecismo Revolucionário: Programa da Sociedade da Revolução Internacional. São Paulo: Editora Imaginário, 2009a: 76.
BOOKCHIN, Murray. Anarquismo, Crítica e Autocrítica. Editora Hedra, 2011.
CASTORIADIS, Cornelius. A Instituição Imaginária da Sociedade. 2ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982.
CORRÊA, Felipe. O Anarquismo Especifista. 2008. Em http://divergences.be/spip.php?article784&lang=fr. Acessado em 03/08/11
DANTON, José Gutiérrez. Problemas e Possibilidades do Anarquismo. São Paulo, Editora Faísca, 2011.
FARJ. Anarquismo Social e Organização, Editora Faísca, 2008.
FREEMAN, Jo. A Tirania das Organizações Sem Estrutura, 1970. Disponível em <http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/autonomia/21ti…a.htm>. Acessado em 03/08/11
GORELIK, Anatol. El Anarquismo y La Revolución Rusa. Buenos Aires, Utopia Libertaria, 2007.
JUNG, Carl. O Eu e o Inconsciente, Editora Vozes, Petrópolis, 1979.
Livro Vermelho, O: Yomango,  s/d. Disponível em <http://brasil.indymedia.org/media/2007/10//398527.pdf&gt; Acessado em 03/08/11.
MALATESTA, Errico. Em http://www.alquimidia.org/farj/index.php?mod=pagina&id=4028. Acessado em 05/06/2011
__________________. Anarquismo e Anarquia. Em http://www.anarkismo.net/article/11714 Acessado em 06/06/2011.
MINTZ, Frank in Anarquismo Social, Editora Faísca, São Paulo, 2006.
SCHMIDT, Michael; WALT, Lucien Van Der. Black Flame: The Revolutionary Class Politics of Anarchism and Syndicalism. Oakland, Ak Press, 2009.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Manifesto Anti-Fascista Grego.

Manifesto antifascista europeu

Sessenta e oito anos após o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota do fascismo e do nazismo, assistimos, por quase toda a Europa, à ascensão da extrema-direita. Mas, fenómeno ainda mais preocupante, vemos desenvolverem-se, à direita dessa extrema direita, forças assumidamente neonazis que, nalguns casos (Grécia, Hungria,...), se enraízam na sociedade, formando verdadeiros movimentos populares de massas, radicais, racistas, ultra violentos e pogromistas, cujo objectivo assumido é a destruição da organização sindical, política e cultural dos trabalhadores, o esmagamento de toda a resistência cidadã, a negação do direito à diferença e o extermínio - mesmo físico - dos "diferentes" e mais fracos.

Como nos anos vinte e trinta, a causa geradora dessa ameaça neofascista e de extrema-direita é a profunda crise económica, social, política, bem como ética e ecológica, do capitalismo, o qual, a pretexto da crise da dívida, leva a cabo uma ofensiva sem precedentes contra o bem-estar social, as liberdades e os direitos dos trabalhadores: uma ofensiva contra os de baixo!

Aproveitando o medo dos ricos face ao risco de explosão social e de radicalização da classe média esmagada pela crise e pelas medidas draconianas de austeridade e o desespero dos desempregados marginalizados e empobrecidos, a extrema direita e as forças neonazis e neofascistas crescem em toda a Europa; massificam a sua influência junto das camadas deserdadas, que viram sistematicamente contra os tradicionais e novos bodes expiatórios (imigrantes, muçulmanos, judeus, homossexuais, deficientes,...), bem como contra movimentos sociais, organizações de esquerda e sindicatos. A influência e a radicalidade dessa extrema direita não é igual em toda a Europa. No entanto, a generalização de políticas draconianas de austeridade faz com que a subida da extrema direita seja um fenómeno quase geral.

A conclusão é óbvia: o facto de a ascensão impetuosa da extrema direita e de a emergência de um neofascismo ultra violento não serem mais a exceção que confirma a regra europeia, obriga os antifascistas do continente a enfrentarem a verdadeira dimensão do problema, ou seja, a resolverem o problema à escala europeia! Mas dizer isto não chega, é preciso acrescentar que a luta contra a extrema-direita e neonazismo é uma urgência absoluta.

Na verdade, em vários países europeus a ameaça neofascista já é tão direta e imediata que transforma a luta antifascista num combate de primeira necessidade, estando em jogo a vida ou morte da esquerda, das organizações sindicais, das liberdades e dos direitos democráticos, dos valores da solidariedade e da tolerância, do direito à diferença. Dizer que estamos envolvidos numa corrida de velocidade contra a barbárie racista e neofascista é uma realidade que se verifica, todos os dias, nas ruas das nossas cidades europeias... Dada a profundidade da crise, a dimensão do desgaste social que provoca, a intensidade da polarização política, a determinação e a agressividade das classes dirigentes, a importância histórica do confronto em curso, a dimensão da subida das forças de extrema direita, é evidente que a luta antifascista constitui uma opção estratégica que exige formas sérias de organização e investimento político e militante a longo prazo.

Em consequência, a luta antifascista deve manter grande proximidade ao combate quotidiano contra as políticas de austeridade e o sistema que as gera. Para ser eficaz e responder às expectativas da população, a luta antifascista deve organizar-se de maneira unitária e democrática e ser fruto da iniciativa das massas populares. Para tal, os cidadãos e as cidadãs devem organizar, eles mesmos, a luta antifascista e a sua autodefesa. Ao mesmo tempo, para ser eficaz, essa luta deve ser global, opondo-se à extrema-direita e ao neofascismo em todos os locais em que se manifeste o veneno do racismo e da homofobia, do chauvinismo e do militarismo, do culto da violência cega, da apologia das câmaras de gás e de Auschwitz. Em suma, para ser eficaz a longo prazo, a luta antifascista deve propor uma outra visão da sociedade, diametralmente oposta à que é proposta pela extrema-direita: quer dizer, uma sociedade baseada na solidariedade, na tolerância e na fraternidade, na recusa do machismo, na rejeição da opressão das mulheres, no respeito pelo direito à diferença, pelo internacionalismo, pela proteção escrupulosa da natureza e pela defesa dos valores humanistas e democráticos.

O movimento antifascista europeu deve ser o herdeiro das grandes tradições antifascistas do continente! Com esse objetivo, deve construir as bases de um movimento social dotado de estruturas, com uma atividade quotidiana, penetrando toda a sociedade, organizando em rede os cidadãos antifascistas de acordo com as suas profissões, os seus locais de habitação e as suas sensibilidades, lutando em todas as frentes da atividade humana e assumindo em pleno a proteção física dos cidadãos mais vulneráveis, dos imigrantes, dos ciganos, das minorias nacionais, dos muçulmanos, dos judeus ou dos homossexuais, de todos aqueles que são sistematicamente vítimas de racismo de Estado e da mafia fascista. É porque a necessidade de uma mobilização anti-fascista, a nível europeu, se torna cada dia mais urgente que nós, que assinamos este manifesto, apelamos à criação de um Movimento Antifascista Europeu, unitário, democrático e de massas, capaz de enfrentar e de vencer a peste negra que ergue a cabeça sobre o nosso continente. Faremos tudo para que o congresso constitutivo do Movimento Antifascista Europeu, que tanto necessitamos, se realize em Atenas, na Primavera de 2013, e surja a par de uma grande manifestação antifascista europeia a realizar nas ruas da capital grega.

Desta vez, a história não se deve repetir ! NÃO PASSARÃO !
 
Tradução Maria da Liberdade

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

5 X Pacificação

Por: Fabiana Melo Sousa

Eu só quero é ser feliz,
andar tranquilamente na favela onde eu nasci;
E poder me orgulhar,
e ter a consciência que o pobre tem seu lugar

(Rap da Felicidade, Cidinho e Doca).





O documentário “5 X Pacificação”, que estreou em novembro de 2012, retrata este processo de mudanças que foi alvo de muita discussão para a população carioca neste ano, mas que teve seu início em 2008 no Morro Santa Marta, Zona Sul da Cidade, que é o processo de instalação das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs.

A “paz” é algo reclamado pelos moradores destes territórios há muito tempo, como chama atenção o “Rap da Felicidade”, hino das favelas cariocas que nos 90 clamava a liberdade para esta parte da população que estava invisível nos cartões postais da Cidade Maravilhosa e que se tornava visível apenas em situações de violência. A grande chamada para o documentário diz respeito ao fato dos quatro diretores serem moradores de algumas destas favelas “pacificadas” apresentando o ponto de vista dos principais personagens deste processo.



Sem dúvida, a busca da auto representação está mais uma vez em pauta desde o lançamento do longa “5 x Favela: agora por nós mesmos”, que trouxe na direção e na equipe técnica moradores das favelas trabalhando no projeto em cinco curtas de ficção sobre diversos temas.

Agora, neste documentário, são apresentados os discursos de algumas instâncias que estão no “olho do furacão” do projeto de “pacificação”.
A visão dos moradores do “asfalto” e dos moradores dos “morros” (o primeiro dirigido por Wagner Novais e o segundo por Cadu Barcellos) traz para discussão o conceito de “cidade partida” que estabelece diferenças e distancias entre a vida na favela e no restante da cidade.

O estigma da violência e o preconceito sobre o pobre ainda são fortes e presentes na cidade, no entanto, as relações econômicas colocam em dúvida se existem tantas distancias. Ou mesmo na questão cultural trazida na fala de Mc Leonardo, questionando a proibição dos bailes funks que desde a ocupação estão proibidos de acontecer nas favelas. “Na Lapa toca a mesma música que toca na favela e o baile vai até de manhã, porque só aqui é proibido?”.

Do outro lado, a perspectiva da polícia e dos bandidos (Rodrigo Felha e Luciano Vidigal): como atuar diante de uma polícia historicamente violenta? Como inserir na sociedade ex-trabalhadores do tráfico, agora sem perspectiva de vida?

Programas de empregabilidade de ONGs como o Afroreggae são apresentados como possíveis experiências bem sucedidas de inclusão dos ex-bandidos na sociedade através do mercado de trabalho, assim como são mostradas cenas de preparação dos políciais que trabalham nas UPPs, apontados como “uma nova polícia” por José Mariano Beltrame, secretário de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro.

O filme, no entanto, não se propõe a responder a pergunta principal: a pacificação vai funcionar? Segundo o cineasta Cadu Barcellos, na pré-estréia do filme no Complexo da Maré em outro de 2012, “estamos vivendo um momento de revolução e nós que estamos nele não conseguimos perceber direito o que está acontecendo”.

De fato, o documentário deixa claro que este processo ainda está em fase de execução, mas talvez seja esta implementação que deve efetivamente começar a se diferenciar de qualquer outro projeto de politica pública, pois até agora muitos moradores de favela continuam a reclamar que a polícia entrou mas a cidadania ainda está longe de ser alcançada.



E isto fica evidente nos movimentos que estão acontecendo nestes territórios já ocupados: no início deste mês, moradores do Vidigal (favela localizada na Zona Sul do Rio) protestaram contra a instalação da base da UPP em uma praça de esportes e no Morro do Borel (Zona Norte do Rio), moradores organizaram o movimento “Ocupa Borel” que se colocou contra o toque de recolher às 21h, imposto pela polícia “pacificadora”. Na Maré e no Santa Marta movimentos sociais organizados distribuíram antes da “pacificação” cartilhas sobre as regras de uma abordagem polícial.

Andando pela favela Nova Brasília no último dia 26.12.2012 a falta de saneamento básico ainda é uma triste realidade, embora seja bastante presente a recente entrada de novas atividades comerciais como as agências bancárias.

A sessão do filme aqui comentado, anunciada para as 13h do Cine Nova Brasília não aconteceu sem que tivesse um aviso prévio e o espaço estava fechado, embora oficialmente estive anunciada a sessão e na porta poucos, mas algum público, estava ali para assistir.

A segurança pública é um direito de toda a população e ela é um desejo de todo morador carioca, mas tanto o filme quanto a realidade que ele representa devem ser alvo de atenção e criticas de todos para que o discurso oficial da retomada do território para devolução aos seus moradores seja superado em palavras e transformado imediatamente em realidade.

E neste sentido não há outro caminho que não seja o diálogo e a efetivação da cidadania em que todas as vozes sejam escutadas com atenção – espaços e mecanismos efetivos de fala da sociedade, mas também de escuta para a transformação destes cenários de pobreza e de vidas que foram construídas a base de muita luta.
A arte, mais uma vez, se mostra como uma importante instância de registro de um momento de mudanças como também enquanto dispositivo para reflexões sobre questões e temas que estão em nossas vidas, mas que muitas vezes não conseguimos perceber.

É necessário, portanto, ter clareza para que não sejam repetidos processos de silenciamentos disfarçados de oportunidades de fala. Como diz a canção “Minha alma” de Marcelo Yuka, “Paz sem voz não é paz, é medo”.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Autogestão

http://autogestao.org/
Site que divulga eventos e manifestações ligados ao anarquismo no Rio.

Divulgando evento!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Livros e mais livros

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Prezado Leitor,
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Livro: O Indivíduo a Sociedade e o Estado e Outros Ensaios
Autor: Emma Goldman

Emma Goldman é uma das mais importantes anarquistas americanas. De origem russa, emigra para os EUA, onde toma conhecimento dos movimentos anarquistas. Logo torna-se uma das grandes responsáveis pela difusão das ideias libertárias nos EUA, onde é considerada fundadora do anarco-feminismo. É uma das poucas vozes femininas atuantes no movimento. Luta principalmente contra o nacionalismo liberal e contra o militarismo [A preparação militar nos conduz direto ao massacre universal] e, em tom profético, discorre sobre a indústria bélica e seu domínio sobre o estado [O patriotismo, uma ameaça à liberdade]. Conhecida pela direita americana como Emma "a vermelha", é deportada para a Rússia em 1919. Participa da revolução ao lado de Kropotkin e, após a morte deste, se desilude completamente com o destino autoritário que tomou o país [O comunismo não existe na Rússia]. Para quem pensa que não houve movimentos de esquerda nos EUA ou acha que a revolução russa foi uma ruptura com a ordem capitalista, os artigos de Emma demonstram que a realidade é sutil, depende basicamente do indivíduo e, principalmente, da capacidade deste de resistir ao controle de qualquer natureza.
Brochura com 140 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 20,00 (frete incluso)



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Livro: Escritos revolucionários
Autor: Malatesta

Um dos mais ativos e influentes líderes do movimento anarquista, Errico Malatesta evidencia em Escritos revolucionários os aspectos sempre presentes na construção de seu pensamento, como organização, vontade, tática, combate ao autoritarismo dentro e fora do socialismo e ainda a luta política fora do âmbito da representação parlamentar. Malatesta não acreditava na eficiência dos partidos políticos nem na revolução política. Defendia a tese de que só uma revolução social, liderada pelo povo, constituiria um meio viável de transformação da sociedade. Parte da série Estudos Libertários, esta edição de Escritos revolucionários contou com a organização e tradução de Plínio Augusto Coêlho, fundador, em 1984, de Novos Tempos Editora, dedicada à publicação de obras libertárias, e idealizador e co-fundador do Instituto de Estudos Libertários (IEL). A introdução da obra é do austríaco Max Nettlau (1865-1944). Anarquista e historiador, foi amigo de Malatesta, com quem trocou correspondência até o fim da vida.
Brochura com 192 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 24,00 (frete incluso)



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Livro: Anarquia pela Educação

Autor: Élisée Reclus
Anarquia pela educação é uma compilação de artigos de Élisée Reclus que reúne seus escritos políticos. Organizado e traduzido por Plínio A. Coêlho, o livro apresenta ao leitor sete artigos: “A anarquia”, “Por que somos anarquistas?”, “A revolução”, “A anarquia e a igreja”, “Algumas palavras de história”, “A meu irmão camponês” e “A pena de morte”. Publicados entre 1879 e 1901, os textos tratam de suas concepções acerca da doutrina anarquista, utilizada como base para suas posições acerca dos mais diferentes assuntos, todos os quais têm a educação como pano de fundo.
Brochura com 104 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 20,00 (frete incluso)



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Livro: Princípio anarquista e outros ensaios
Autor: Kropotkin

O princípio anarquista e outros ensaios reúne textos produzidos entre‭ ‬1887‭ ‬e‭ ‬1914,‭ ‬nos quais Kropotkin discute as principais dificuldades enfrentadas pelos movimentos socialistas da virada do século XIX,‭ ‬como a aparente desunião e as divergências teóricas e os métodos de ação violentos.‭ ‬Aborda,‭ ‬também,‭ ‬a necessidade do confronto com o princípio da autoridade do campo privado,‭ ‬com foco no casamento,‭ ‬consumo e na satisfação pessoal,‭ ‬bem como a preservação da liberdade individual nas comunas.‭ O livro faz parte da série Estudos Libertários, da Editora Hedra.
Brochura com 144 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 22,00 (frete incluso)



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Livro: O Princípio do Estado e Outros Ensaios
Autor: Mikhail Bakunin
Dentro da série Estudos Libertários que a editora Hedra publica este ano, O princípio do estado e outros ensaios traz alguns dos textos mais importantes de Mikhail Bakunin, expoente máximo do movimento anarquista. Foram escritos em 1871, durante o período de efervescência revolucionária na Europa, principalmente na França. Bakunin ataca com veemência as duas instituições que considera nocivas à liberdade do indivíduo: a Igreja e o Estado.
Brochura com 144 páginas, no formato 14x21cm;
R$ 22,00 (frete incluso)





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Livro: História da Anarquia das Origens ao Anarcocomunismo

Autor: Max Nettlau

Neste primeiro volume da História da Anarquia - (Das origens ao anarco-comunismo), o historiador austríaco Max Nettlau faz um extenso levantamento sobre as doutrinas antiestatistas que precederam o ideário anarquista e também trata das idéias de Proudhon e Bakunin, dois dos principais mentores intelectuais do movimento. O autor também narra as histórias das principais associações libertárias, bem como o debate entre elas e a Associação Internacional dos Trabalhadores no fim do século XIX. Escrita originalmente em alemão e publicada em três volumes entre 1925 e 1931, a obra é produto sobretudo do idealismo e esforço pessoal de Nettlau, ao reunir ao longo da vida enorme quantidade de materiais impressos, como textos, jornais, manifestos, folhetos e cartazes;
Brochura com 208 páginas, no formato 14X21cm.
R$ 28,00 (frete incluso)



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Livro: A Doutrina Anarquista ao Alcance de Todos

Autor: José Oiticica

Este livro foi escrito sob o efeito emocional e psicológico da deportação nas Ilhas das Flores e do Bom Jesus, em 1925. Por isso a obra de Oiticica não abrange concepções libertárias de autores mais recentes como Rudolf Rocker, Eugen Relgis, Herbert Read e nem as transformações nos regimes bolchevista e democrático, ocorridas neste tempo que nos separa do ambiente em que o livro foi escrito. Não podemos ignorar igualmente que vivemos hoje novos processos de exploração condicionadores e robotizadores introduzidos pela tecnologia e a eletrônica. Mas em que pesem os anos decorridos, as mudanças tecnológicas, políticas e sociais, este livro ainda é uma mensagem emancipadora, um convite à reflexão, ao estudo do Anarquismo!
Brochura com 72 páginas, no formato 12x18cm.
R$ 18,00 (frete incluso)



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Livro: Educação e Capitalismo: Para Uma Crítica a Paulo FreireAutora: Eliane Maria de JesusEste trabalho busca analisar se a educação pode ser considerada uma expressão, e ao mesmo tempo um meio de reprodução da luta de classes, compreendendo que a escola não é um espaço neutro e sim um local onde são debatidas ideias e interesses cotidianamente; espaço no qual algumas concepções permeadas por “ideologias” tendem a se legitimar, com o objetivo de ocultar a realidade de forma a permitir que a exploração seja legitimada. Através de uma análise aprofundada do pensamento de Paulo Freire, a autora apresenta questões fundamentais de sua concepção, demonstrando o sentido que aponta sua contribuição para a educação e para as relações sociais estabelecidas na sociedade moderna. A discussão aqui apresentada evidencia questões que estão ocultadas por trás da concepção desenvolvida por Paulo Freire sobre a pedagogia libertadora. Esta obra, portanto, apresenta uma análise que contribui profundamente para discussões e análises sobre a educação da atualidade. Indispensável para uma crítica da educação e para a superação de ideias petrificadas e perpassadas por ideologias que ocultam as contradições da sociedade atual. A autora realiza este trabalho empreendendo uma análise da concepção de Paulo Freire e demonstrando sua relação com a sociedade capitalista.
Brochura com 125 páginas, no formato 14x21cm.R$ 25,00 (frete incluso)



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Atuação Libertária no BrasilOscar Farinha NetoA história do movimento operário no Rio de Janeiro, assim como a escalada da fração libertária no campo do sindicalismo, pode ser tomada como indicador de uma certa tendência que, em muitos aspectos, verifica-se em todo o Brasil. A luta de trabalhadores-militantes, inspirados pelo modelo francês de organização de classe, determinou a trajetória bastante singular das diretrizes adotadas pelo ativismo anarquista no interior dos sindicatos nas primeiras décadas do século 20.
Brochura com 124 páginas, no formato 12x18cm.R$ 18,00 (frete incluso)



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Mulheres e Anarquia

Edgar Rodrigues

Os textos enfeixados neste volume ultrapassam as fronteiras convencionais e os interesses mesquinhos dos que se acham "famosos/famosas celebridades" e usam adjetivos que na generalidade marcam elitismos, "superioridades" que o anarquismo não aceita nem comporta. Para o autor, e certamente para os anarquistas convictos, conscientes ideologicamente, mulheres e mulheres, homens e homens, na Sociedade da Anarquia serão iguais em direitos, deveres, possibilidades e no usufruto da produção de todos, não obstante as peculiaridades humanas dos seus componentes.
Brochura com 164 páginas, no formato 16x23cm.
R$ 14,00 (frete incluso)



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Apocalipse Motorizado - A Tirania do Automóvel em um Planeta Poluído

Ned Ludd (organizador)

Esta obra apresenta não apenas uma análise da insustentável organização de nosso atual sistema de transportes, mas também sugestões de como, na prática, se opor de maneira inteligente e criativa à ditadura do automóvel. Reúne alguns dos mais importantes representantes do pensamento ecológico radical, como Ivan Illich e André Gorz. O pensamento radical sobre o papel do carro na nossa sociedade, a história do movimento anticarro, seu objetivo, como organizar uma "Massa Crítica" em sua cidade, sugestões de manifestações bem-humoradas: tudo condensado neste livro bombástico, um verdadeiro banquete para quem não aceita ficar parado, vendo o tráfego passar fazendo suas vítimas.
Brochura com 160 páginas, no formato 14X21cm.
R$ 15,00 (frete incluso)



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Pt: de Oposição a Sustentação da Ordem
Cyro Garcia

Este livro nos relata uma história política que foi, ao mesmo tempo, emocionante e terrível. E que, para remeter ao vocabulário cunhado pelos clássicos gregos, uniu epopeia, tragédia e até, mais recentemente, um pouco de comédia. O PT foi o maior partido da história da classe trabalhadora brasileira no século XX. Nos anos 1980, Lula e a direção do PT foram capazes de construir e empolgar um partido que, em 10 anos, evoluiu de uma organização de uns milhares, para centenas de milhares, e que saiu dos 10% dos votos em 1982 para governador em São Paulo, para a disputa do segundo turno das eleições presidenciais de 1989, contando apenas com contribuições voluntárias e militância abnegada.
Brochura com 236 páginas, no formato 16X23cm.
R$ 30,00 (frete incluso)



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Urgência das Ruas – Black Block, Reclaim the Streets e os dias de ação global

Ned Ludd (organizador)

A ação direta diz respeito à percepção da realidade, e à tomada por si próprio de uma ação concreta para transformá-la. Diz respeito ao trabalho coletivo para resolver nossos próprios problemas, fazendo o que refletidamente achar-mos ser a forma correta de ação, sem considerar o que as várias ‘autoridades’ julgam aceitável. Diz respeito à ampliação das fronteiras do possível, diz respeito à inspiração, ao aumento de potencial. Diz respeito ao pensamento e à ação de tomar, não de pedir e mendigar.
Brochura com 224 páginas, no formato 14X21cm.
R$ 15,00 (frete incluso)



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BioTupé: Meio Físico, Diversidade Biológica e Sociocultural do Baixo Rio Negro, Amazônia Central

Vários Autores

Meio físico, diversidade biológica e sociocultural do Baixo Rio Negro, Amazônia Central; O projeto BioTupé surgiu da parceria entre pesquisadores do INPA, CEULM/ULBRA e CPRN, com apoio do CNPq (PNOG) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Manaus (SEDEMA), objetivando a identificação e quantificação da biodiversidade da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé (RDS Tupé). Outras áreas do conhecimento são abordadas, em especial as relacionadas aos aspectos socioculturais, além das atividades relacionadas ao desenvolvimento local e geração de renda.
Brochura com 246 páginas, no formato 22x24cm.
R$ 18,00 (frete incluso)



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Memórias de um Anarquista Japonês

Osugi Sakae

No movimento operário japonês do início do século X X, ninguém conquistou a imaginação do público de modo tão vivo quanto Osugi Sakae (1885-1923). Com sua vida flamejante, e sua morte dramática, Osugi Passou a ser visto como um herói romântico que combatia a opressão da família e da sociedade. Sua autobiografia oferece um raro vislumbre dos anos de formação de um rebelde japonês.
Brochura com 181 páginas, no formato 14x21cm.
R$ 15,00 (frete incluso)



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Explicações Científicas

Leônidas Hegenberg

O trabalho do Prof. Leônidas Hegenberg, que chama a atenção pela clareza de exposição e que poe em relevo o estado atual das questões discutidas, cobre vasto campo da Filosofia da Ciência: contem uma analise bastante minuciosa das ""explicações"" empregadas pelos estudiosos, quando procuram elaborar um quadro coerente relativo a grupos de fenômenos de domínios diversos. Na primeira parte as questões são de ordem geral e na terceira o Autor discute alguns aspectos e problemas especiais da Filosofia da Ciência. O capitulo relativo a historia e muito interessante e, no caso da biologia, e instrutiva a discussão das explicações teleológicas.
Brochura com 310 páginas, no formato 14X21cm.
R$ 15,00 (frete incluso)



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Discurso e Texto: Dimensão Simbólica e Cidadã do Português Brasileiro e Africano

Edwaldo Cafezeiro

Para cursar, o discurso necessita de uma crise de noções e expressões. O artista e o revolucionário jogam esta crise na explosão da linguagem. Assim, com duas frases tão curtas quanto densas, Edwaldo Cafezeiro dá início à jornada que nos leva, através da dimensão simbólica do português brasileiro e africano, ao encontro da cidadania da nossa língua. É uma jornada libertária.
Brochura com 303 páginas, no formato 16x23cm.
R$ 18,00 (frete incluso)




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Queridos Animais

Angela Escosteguy (organizadora)
Eis um livro feliz desde o título, fascinante e oportuno. A médica veterinária Angela Escosteguy, que vem dedicando-se a questões ecológicas, especialmente as relacionadas com a interação animal-ambiente, resolveu convocar os especialistas nas técnicas afins, agrônomos, biólogos, veterinários, para compor uma seleta sobre as últimas conquistas científicas nesta área tão rica de horizontes que interessam muito de perto ao progresso e ao futuro. Esta afirmação nada contém de exagero.
Brochura com 202 páginas, no formato 14X21cm.
R$ 12,00 (frete incluso)



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Words of a Rebel
Piotr Kropotkin

First published in 1885 in Paris, this collection of articles constitutes Korpotkin"s first book. Originally titled "Paroles d"un Révolté", it includes his earliest works from the period 1879 to 1882. Seeing revolution as a popular insurrection, Kropotkin believed that public wealth should belong to its producers and consumers and not to the State or the rich. This volume of Kropotkin"s articles was translated from thr French by George Woodcock.
Brochura com 232 páginas, no formato 14X21cm
R$ 25,00 (frete incluso)



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A Viagem do Descobrimento

Eduardo BuenoEntre na caravela de Cabral. Circule por entre soldados e marujos, pilotos árabes e astrólogos judeus, intérpretes hindus e nobres lusitanos. Descubra o que comiam e quanto ganhavam esses homens. Viaje com eles por mares tempestuosos e calmarias enervantes. Saiba que forças políticas e econômicas moviam a esquadra que chegou ao Brasil, mergulhando no mundo da Escola de Sagres e do Infante D. Henrique - um herdeiro dos Cavaleiros Templários. Este livro busca o relato da nossa história como uma grande aventura - em que homens precisaram vencer seus limites na busca de um novo mundo.
Brochura com 137 páginas, no formato 18x20 cm.
R$ 14,00 (frete incluso)



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Revolução, Utopia, Anarquismo

Florestan Fernandes / Teixeira Coelho / Caio Túlio Costa

Discussões sobre revolução, utopia e anarquismo. Utopia: do concreto ao abstrato, do real ao imaginário. Políticos que lutaram em defesa dessa idéia. Revolução: revolução nacional e proletária: como lutar pela revolução proletária no Brasil. Anarquismo na Rússia, França, Itália, Espanha e nas Américas.
Capa dura com 207 páginas, no formato 12x21cm.
R$ 15,00 (frete incluso)



Confira abaixo outros Títulos Disponíveis!!!





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Livro: Anarquismo À Moda Antiga... - Autor: Edgar Rodrigues
"Opondo-se à sociedade onde o homem é o maior inimigo do homem, o anarquista apresenta uma alternativa que apavora as camadas mais perniciosas das nações, exatamente as causas detentoras do poder político, militar, econômico-financeiro, social e religioso, responsáveis pela desigualdade."
Brochura com 64 páginas, no formato de bolso;
R$ 6,00 (frete incluso)



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Livro: Manual Filosófico do Individualista - Autor: Han Ryner
"O pensamento de Han Ryner, como o de Tolstói, Thoreau, Réclus, Kropotkin e Krishnamurti, é essencialmente anarquista. O seu espírito é profundamente antidogmático, ferozmente antiautoritário, radicalmente individualista, e estes não postulados indubitáveis do anarquismo. O que vibra em todas as suas obras é o sonho de uma sociedade livre, igual e fraterna, onde a caridade seja substituída pela justiça, as hora de trabalho pouco numerosas repartida entre todos, o descanso e o pão gratuitos, os povos confraternizando como irmãos, na comunhão da paz mundial, na terra prometida da igualdade - enfim, o sonho anarquista".
Brochura com 77 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 12,00 (frete incluso)



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Livro: A Formação dos Intelectuais - Autor: Antonio Gramsci

Os intelectuais são um grupo social autônomo e independente ou todos os grupos sociais têm as suas próprias categorias de intelectuais especializados? O problema é complexo pelas diversas formas que assumiu até agora o processo histórico real da formação das diferentes categorias intelectuais. Na tentativa de elucidar essa questão, Gramsci examina de perto o papel dos intelectuais na sociedade: todo homem é um intelectual, já que todos têm faculdades intelectuais e racionais, mas nem todos têm a função social de intelectuais. Ele propôs a ideia de que os intelectuais modernos não se contentariam mais em apenas produzir discursos, mas estariam engajados na organização das práticas sociais. Com respeito à formação de uma intelectualidade orgânica, a necessidade de criar uma cultura própria dos trabalhadores relaciona-se com o apelo de Gramsci por um tipo de educação que permite o surgimento de intelectuais que partilhem das paixões das massas de trabalhadores. Neste aspecto, os adeptos da educação adulta popular tomam Gramsci como uma referência.
Brochura com 16 páginas, no formato 14x20 cm.
R$ 7,00 (frete incluso)



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Livro: Anarquismo e Feminismo no Brasil: A Audácia de Sonhar - 2ª edição - Autora: Margareth Rago

Neste livro, o/a leitor/a encontrará reunidos dois artigos produzidos em momentos diferenciados, relativos à história das mulheres anarquistas, que tiveram expressiva participação nos movimentos sociais dos trabalhadores, no Brasil e na América do Sul, ao longo do século 20. Em ambos os textos, o/a leitor/a perceberá que estão presentes algumas preocupações comuns, como a de conhecer as experiências femininas na militância política no passado, assim como as memórias que essas mulheres constroem dos movimentos em que atuam, de sua relação com eles, da situação das mulheres, das lutas feministas e das relações que o feminismo mantém com o anarquismo, aproximando-se ou distanciando-se".
Brochura com 90 páginas, no formato 12x18 cm.
R$ 12,00 (frete incluso)



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Livro: Introdução à Psicoterapia Institucional - Autor: Félix Guattari

O funcionamento global dos aparelhos do Estado (realizados nas instituições) responde ao planejamento de fundo de uma formação social e se analisado corretamente desmascara todo ensino (como ensino de ciências) ou toda terapia (como prática de cura) e revela para nós o verdadeiro estatuto político das instituições com suas práticas pedagógicas e médicas.
Brochura com 35 páginas, no formato 14X21cm;
R$ 10,00 (frete incluso)



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Livro: A Instituição da Violência - Autor: Franco Basaglia

Franco Basaglia faz com que nos apercebamos de que o preconceito contra a "doença mental" atravessa de ponta a ponta as classes sociais recobrindo parte essencial das suas práticas ideológicas. O "doente" se define no espaço institucionalmente imprimindo sobre ele como forma de controlar seus movimentos e suas falas, como eficácia tanto no que diz respeito à interrupção do processo da "loucura" como na "carreira de enfermo mental" que se impõem como "condição de sobrevivência".
Brochura com 47 páginas, em perfeito estado, no formato 14x21cm;
R$ 10,00 (frete incluso
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Autor: Os Pais Como Educadores - Autor: Wilhelm Reich
A compulsão para educar não só se manifesta nas frustrações desnecessárias, mas também na forma como os educadores levam a cabo as necessárias restrições dos instintos. Devemos pensar a primitiva forca vital que a compulsão a educar pretende dominar foi capaz de criar cultura. E licito outorgar-lhe uma ampla margem de confiança. Será excessivamente ousado declarar que a vida sabe criar melhor do que ninguém as suas necessárias formas de existência?
Brochura com 24 páginas, no formato14x21cm.
R$ 10,00 (frete incluso)



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Sic Transit Gloria Artis O ‘’fim da Arte’’ segundo Theodor W. Adorno e Guy Debord - Autor: Anselm Jappe

Debord e Adorno chegam a avaliações opostas quanto ao fim da arte: isto exige uma explicação, considerando-se a afinidade de seus respectivos pontos de partida. Ambos defendem que a contradição entre forças produtivas e relações de produção se reproduz no interior da esfera cultural; ambos adotam, quanto ao essencial, a mesma atitude diante do desenvolvimento do potencial técnico e econômico, em que vêem, sem deificá-lo ou condená-lo simplesmente, uma condição prévia - que se superará por si mesma - de uma sociedade libertada.
Brochura com 43 páginas, no formato 14x21cm;
R$ 10,00 (frete incluso)



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Livro: O Direito Á Preguiça - Autor: Paul Lafargue

O texto mais conhecido de Paul Lafargue é, provavelmente, O Direto à Preguiça, publicado em Paris em 1880; um panfleto que Kautsky considerou "uma sátira política marginal", Charles Rappoport chamou de "obra-prima de crítica ao regime capitalista" e Jean-Marie Brohm exaltou com o um "clássico da literatura francesa".
Na época, os trabalhadores nas oficinas parisienses ainda trabalhavam em média 12 ou 13 horas por dia e, ás vezes, as jornadas de trabalho se estendiam a 15, 16 e até 17 horas. A essa situação monstruosa ainda se acrescentava a circunstância de muitos operários estarem convencidos de que o trabalho em si mesmo era atividade dignificante e benéfica..
Brochura com 70 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 16,00 (frete incluso)



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Livro: O Casamento Burguês e o Amor Livre - Autor: Charles Albert
Capitalismo versus Amor. Basta confrontá-los para notar entre eles um antagonismo violento, um conflito inconciliável. O amor não é apenas o resultado de uma atração entre dois indivíduos. É uma forma superior da atividade sexual. Quanto mais o homem e a mulher se aperfeiçoam, mais se elevam e maiores são as probabilidades de resolverem por meio do amor o problema sexual. O casamento é objeto de certo respeito por ser considerado como a manifestação mais elevada da união sexual, o que não passa de uma ilusão e de um preconceito. A monogamia artificial imposta pelo casamento, ainda que rigorosamente observada, o que é raro, não é mais do que a paródia da outra - natural e livremente consentida - que vê no amor o seu objetivo ideal;
Brochura com 79 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 8,00 (frete incluso)




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Livro: Van Gogh o Suicidado Pela Sociedade - 2º Edição - Autor: Antonin Artaud
Esta obra é uma proposta interdisciplinar que aborda o tema da criação através da loucura. Tomamos como ponto de partida dois mundos que descrevem o desespero do homem ao enfrentar o seu objetivo criador; a poesia no caso de Antonin Artaud em sua busca incessante para encontrar a alma, e a pintura em Van Gogh e sua viagem aos infernos em sua paranóica busca da luz.
Brochura com 62 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 13,00 (frete incluso)




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Livro: Os Fanzines Contam uma História Sobre Punks - Autor: Antônio Carlos de Oliveira

O objetivo mais importante desta obra é o de divulgar o material dos zines. No movimento existe uma "situação de caos ideológico". Esse caos também ocorre nas relações entre os punks, isso porque cada indivíduo é único. Por mais parecidos que possam ser, cada um define o seu visual, seu gosto musical, seu estilo etc. Alguns têm os cabelos espetados, outros em estilo moicano; uns pintam o cabelo de azul, outros de vermelho ou simplesmente não pintam. Há os que se definem anarquistas, de esquerda; os que se comportam como fascistas; os que se dizem apolíticos ou os que afirmam não ter opinião sobre o assunto; quem quiser faz o seu fanzine, associam-se a outros e montam uma banda, fazem shows. Cada um é único e cada detalhe realça essa diferença.
Brochura com 80 páginas, no formato 12x18cm;
R$ 13,00 (frete incluso)



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Assédio Moral na Escola Pública

Wagner Santanna Figueiredo

Entende-se como assédio moral a relação onde o empregado passa por humilhações, vexames e constrangimentos que são geralmente oriundos de uma estrutura hierarquizada. Quanto mais essa estrutura é autoritária, mais verificamos a incidência de humilhações, porém a vigilância psicológica não se prende no âmbito da humilhação pública; às vezes o controle se mostra de maneira sutil com uma piada, um comentário malicioso ou boatos maldosos. Só as ações descritas acima são o suficiente para prejudicar o ambiente de trabalho. No entanto, há outras formas de controle sobre o funcionário que prejudicam seu desempenho, tais como: marcar tarefas com prazos impossíveis, sonegar informações para que o funcionário não realize suas tarefas com êxito.
Brochura com 72 páginas, no formato 12x18cm.R$ 8,00 (frete incluso)



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Livro: História do Anarquismo no Brasil Volume 2

Rafael B. Deminicis e Carlos A. Addor Orgs.

A coletânea "História do Anarquismo no Brasil", vol. 2, tem como proposta reunir uma parte inédita da produção historiográfica e acadêmica que abordam história da inserção das idéias e das práticas anarquistas nos movimentos sociais, suas realizações e tentativas de transformação social. Abrem-se, então, as janelas de um passado ainda hoje rejeitado pela academia. Recheado pelo vigor da proposta política anarquista, que deu corpo ao desenvolvimento do sindicalismo revolucionário no Brasil, nas primeiras décadas do século XX, possibilitando movimentos adjacentes, como o feminismo e a educação libertária, e estimulando novamente lutas sociais na atualidade.
Brochura com 260 páginas, no formato 16x23cm;
R$ 40,00 (frete incluso)



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Livro: A Insurreição Anarquista no Rio de Janeiro - 1ª Edição

Autor: Carlos Augusto Addor

A insurreição anarquista, como ficou conhecido o intrépito motim de 18 de novembro de 1918, evidenciava o nervo exposto do corpo, que se acreditava então decrépido do capitalismo. A "questão social" dessa forma ganhava não apenas o pigmento negro da bandeira anarquista como também assumia, a despeito da insistente negativa do governo, o protagonismo nas páginas dos jornais. Numa análise isenta e bastante bem documentada o leitor encontrará neste livro a história daquela que foi a inssurreição anarquista no Rio de Janeiro;
Brochura com 156 páginas, no formato 14x21 cm.
R$ 25,00 (frete Incluso)




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Livro: Anarquismo Ou Marxismo: uma Opção Política

Autores: Gilbert Green

A revolta e a agitação juvenis, com a radicalidade inerente à rebelião em massa da juventude, são estudadas dentro de uma perspectiva histórica que só faz tornar instigante a proposta política de Gibert Green: uma proposta que entende o novo radicalismo saído da agitação dos jovens como uma conseqüência direta dos anos mais violentos da luta de classes; Neste sentidos, para penetrar na relação anarquista / marxismo (assim como, de uma forma ou outra, para compreender suas diferenças políticas básicas), é preciso, no contexto social, econômico e cultural dos Estados Unidos, explica a apaixonada e mesmo apaixonante revolta de uma parte considerável da geração mais jovem.
Brochura com 200 páginas, no formato 14X21cm;
R$ 15,00 (frete incluso)



Saudações Libertárias!!!

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